Contribuições de Viktor Frankl ao sentido da vida e na temporalidade contemporânea

Autores

  • Daniel Fortunato Burgese
  • Daniela Ceron-Litvoc

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v4i2.1009

Palavras-chave:

Percepção do tempo, Resiliência psicológica, Fenômenos e processos psicológicos, Espaço pessoal, Análise espaço-temporal.

Resumo

A partir da metade do século XIX, com o advento sem precedentes de novas tecnologias, o homem passa a vivenciar uma importante alteração da percepção do outro, do tempo e do espaço. A aceleração do tempo promovida por essas novas tecnologias não permite o exercício da afetividade para a consolidação de laços, as relações assumem matizes narcisistas que buscam gratificações imediatas e o outro é entendido como uma continuidade do eu, na busca do prazer. Viktor Emil Frankl (1905-1997) parte do pressuposto de que a principal fonte motivadora do ser humano é a busca do sentido, algo em função do que se vive. Fenômenos patológicos, tais como depressão, ansiedade e dependências de substâncias, de uma forma geral, não podem ser entendidos e tratados sem o reconhecimento do vazio existencial subjacente a eles. A estrutura psíquica que, frente a novos fenômenos vivenciados, perde a capacidade de temporalizar e expandir sua espacialidade, torna-se patológica. Essa incapacidade pós-moderna de reter o passado, de analisar as informações recebidas e refletir, é uma das responsáveis pelo adoecimento psíquico da sociedade atual. A temporalidade tem papel crucial para o entendimento da resiliência. Estas devem ser as marcas da temporalização saudável do indivíduo, na contemporaneidade.

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Publicado

2015-10-17

Edição

Seção

Artigo