Esquizofrenia em Eugène Minkowski e Ludwig Binswanger

sobre a perda do contato vital com a realidade e a excentricidade

Autores

  • Jordy Tamura Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-5506-9775
  • Guilherme Messas Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Collaborating Centre for Values-based Practice in Health and Social Care, St Catherine´s College, Oxford. https://orcid.org/0000-0002-8985-2300

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v12i1.1137

Palavras-chave:

Esquizofrenia, história da psiquiatria, Binswanger, Minkowski

Resumo

A proposta do presente artigo é discutir a contribuição de Eugène Minkowski e Ludwig Binswanger para se pensar a entidade nosológica “esquizofrenia”. Para isso, é realizada uma reconstrução histórica a respeito de sua essência: Emil Kraepelin a considera uma deterioração das faculdades psíquicas, enquanto Eugen Bleuler a entende como cisão dessas faculdades (Spaltung). Eugène Minkowski, por sua vez, considera que o trouble générateur do transtorno é o autismo; ele entende a esquizofrenia como perda do contato vital com a realidade, em que há falta de sintonia com o ambiente. Ludwig Binswanger também dá destaque ao autismo, ainda que não o considere exclusivo da esquizofrenia; ele fala da inadequação à rede de referências constituídas intersubjetivamente, o que caracteriza a excentricidade esquizofrênica.

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Biografia do Autor

Jordy Tamura, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSC-SP).

Guilherme Messas, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Collaborating Centre for Values-based Practice in Health and Social Care, St Catherine´s College, Oxford.

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP (1992), mestrado em medicina pela Faculdade de Medicina da USP (1999), doutorado em medicina pela Faculdade de Medicina da USP (2001), Livre-docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2022). Pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria da FMUSP (2004).

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Publicado

2023-06-01

Edição

Seção

Artigo de revisão